quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Células Estaminais - o futuro da medicina



O dia 27 de Janeiro de 2010 ficará marcado na história. Não, não estou a falar da apresentação do novo iPad da Apple, que muito vai dar que falar, nem tão pouco do Orçamento de Estado de 2010 que as agências de crédito já disseram não ser suficiente para recuperar a economia nacional, ameaçando mesmo com cortes nos empréstimos ao estado Português.

Falo de um artigo publicado na revista Nature em que cientistas do Instituto de Biologia das Células Estaminais e Medicina Regenerativa da Universidade de Stanford, EUA relatam como conseguiram transformar simples células da pele de ratos (da cauda, mais propriamente) em neurónios funcionais. O que por simples analogia parece ser uma cura para doenças degenerativas como Parkinson e Alzheimer, poderá ter aplicações muitos mais vastas, pois esta técnica permite não só criar neurónios como qualquer outro tipo de células. Poderá, por exemplo, eliminar vários tipos de cancro, substituir células danificadas do fígado e, mais radical, alterar a forma como os globulos vermelhos actuam, retardando o processo de envelhecimento

De referir que no passado os cientistas apenas conseguiam extrair celulas estaminais (células em branco que podem ser programadas para se comportar como qualquer outro tipo de células) de embriões, que para além de complexo é um processo polémico.

Deve também ser dito que embora não exista aplicação imediata e seja necessário passar esta experiência para os humanos, normalmente este tipo de pesquisa em ratos de laboratório leva 7-8 meses a conseguir reproduzir os resultados no ser humano. Isto porque estes ratos têm um ADN 99% idêntico ao nosso, razão pela qual são usados neste tipo de investigação.

1 comentário:

  1. Caro Almareado,

    Já tinha saudades das suas crónicas e parabéns pela selecção do tema, de entre tantos que tinha, para o "regresso".

    Noélia

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